quinta-feira, 26 de maio de 2016

03:51

A real é que ninguém se importa. Todo mundo está atolado nas próprias dores e angústias, ninguém é capaz de salvar ninguém, porque nós mesmos somos nossos piores inimigos. Nossa mente produz medos o tempo todo e nosso corpo adoece, as pessoas se afastam e nos isolamos cada vez mais. E assim, quanto mais nos isolamos, mais tempo passamos sozinhos, mais tempo passamos pensando em nossos medos e angústias. A nossa própria presença nos adoece, mas ninguém percebe. Estamos produzindo o nosso próprio veneno, engolindo e morrendo aos poucos. Até pode existir preocupação nos demais, mas a maioria precisa lidar com o próprio veneno que engole diariamente e encontrar estratégias para não morrer também. Ninguém se importa, porque só enxergamos o nosso próprio veneno que nos mata.

Os surtos de maio.

    Tenho problemas com o mês de maio. Bom, eu sempre costumo dizer que tenho problemas com o mês de maio, mas é mais correto dizer que tenho problemas NO mês de maio. Ou seja, quando determinados meses são marcados por uma sucessão de problemas graves, ficamos um pouco amedrontados com a ideia de retorno desse mês.
     Bom, indo direto ao assunto, o mês de maio atendeu às minhas péssimas expectativas, resultou em duas brigas fortes familiares, muito choro, muita dor no estômago e claro, aquelas maravilhosas crises de ansiedade que quase sempre me matam do coração. Mas, sou ingênua em pensar que o mês está no fim e que só tenho mais cinco dias neste mês-fodido e que no próximo a vida melhora.
      Enfim, em breve, os surtos de maio serão surtos de junho, as crises de maio serão crises de junho, e eu aqui tentando pensar racionalmente em tudo isso e tentando criar disposição para levantar da cama no dia seguinte e por em prática o que faz sentido. O pior: é que nada faz sentido...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

É tanto sentimento que não cabe em mim, mas eu não posso transbordar...

terça-feira, 17 de maio de 2016

As Bolas de Ferro

Quando me sinto deprimida, parece que tenho duas bolas de ferro presas nos meus calcanhares, e elas só me puxam para baixo. Me sinto cansada, porque preciso fazer esses esforços corporais cotidianos para lidar com as bolas de ferro, mas nem sempre o corpo aguenta e o sentimento de inexistência, sentimento de fardo toma conta do meu ser.
Quando me sinto deprimida, entendo que corpo e mente estão conectados e preciso forçá-los a se mexerem, se exercitarem para que as bolas de ferro não me puxem mais para baixo...