sábado, 26 de novembro de 2016

3:30

3:30 da manhã e a tristeza retorna, mais forte e devastadora. Penso nas falhas e nas dores, penso no esvaziamento de sentidos da vida, penso em tudo e não consigo dormir. Penso em como os sentimentos me devoram e como eu existo de maneira pouco significativa.  Agora, não importa se eu tenho 15 ou 25 anos, as coisas dentro de mim continuam as mesmas, a diferença é que só aprendi com os anos a fingir melhor, fingir que as coisas não me dilaceram. Palavras sempre secas, rosto endurecido, um sorriso de canto para quebrar o gelo, frases programadas, gestos ensaiados e dez anos de fraude. Eu tenho a receita decorada de como me portar, mas todos os dias às 3:30 tudo desmorona. E cá estou, sozinha e dolorida, mais uma vez, lidando com o excesso de amor e dor ou com a falta deles, na verdade, eu não sei mais com o que estou lidando. As coisas possuem um peso diferente, pois o corpo está mais cansado e se move com pesar, mas fiquem tranquilos que continuarei lidando, tentando e me rastejando....

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Trincas

Cada dor que sentimos é uma trincada no coração. E a cada trincada, uma jorrada de sangue. O tempo não cura as trincas, mas estanca o sangue e a dor adormece. Nos sentimos adormecidos até que um dia a trinca volta a jorrar o sangue. Hoje, a saudade causou essa dor hemorrágica, mas eu ainda irei adormecer...

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Querido diário, eu sou uma bosta.