terça-feira, 16 de junho de 2015

Mais dor, mais perda, mais luto...

Não queria ter passado por isso de novo e com esse intervalo de tempo tão mínimo. Arrisco dizer que tudo está se desmanchando ao mesmo tempo e caindo sobre os meus ombros já fracos. Não aguento mais tantas perdas, tanta dor, tantas lágrimas, tanto luto e tanta luta em vão. O câncer envenena os corpos que tanto amei e leva os corpos que tanto amei, restando as boas lembranças e tantas histórias prá contar. Não aguento mais noites insones e pensamentos perturbados, só sinto náusea. Hoje, a dor me dá náusea, me dá aversão e somadas com o luto e as perdas me fazem vomitar. As lágrimas e o meu coração apertado já não são suficientes para expressar minha dor, meu corpo não tolera mais nada e o vômito é o novo mecanismo do meu organismo que afirma isso. Aos poucos, tento estabelecer uma rotina, mas o medo toma conta de mim e a dor também, não quero que mais nada se vá, não quero que mais nada se desmanche e caia sobre os meus ombros. Sinto saudades dos que foram, mas prefiro acreditar que dormem serenos e sonham com coisas maravilhosas, enquanto vivo alguns pesadelos. Eu gritei em silêncio pedindo para que acordassem, mas não funcionou e os tijolos da lápide fria e grotesca intensificam o peso da realidade, é estranho deixar alguém que amamos ali sozinha, é estranho não escutar aquela voz, é estranho não ouvir o telefone tocar, é estranho não ter todos aqueles sorrisos e trejeitos, é estranho te ver partir, tia. É estranho te dizer adeus por causa de 15 minutos, ou melhor, é injusto, mas a vida não é justa....

There's nothing we can do now
Goodnight and travel well, baby

R.I.P Dete, que fechou seus olhos dia 7 de junho de 2015, mas que deixará saudade para todo o sempre. <3



quarta-feira, 20 de maio de 2015

Diário do Abandono

Mais chá, mais preguiça, mais cabelo despenteado, mas dessa vez ela pisou na rua, encarou a lua, respirou fundo e encarou outras pessoas. Calçou sapato, um suéter, uma calça skinny, andou mecanicamente até seu destino, mas voltou ao seu lar e mergulhou em si mesma. Mergulhou em sua cama, afundou a cabeça no travesseiro, pensou sobre o futuro e escolheu a trilha sonora mais melancólica para acompanhar sua trajetória tragicômica. As guitarras melosas embalam a noite, enquanto as linhas de baixo e som da bateria seguem o ritmo do seu coração cada vez mais acelerado, cada vez mais afobado. A idéia do abandono permeia, mas quem te abandonou? Ela não sabe a resposta, mas é assim que se sente, talvez ela mesma tenha abandonado teu eu-interior na busca se si....

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Amanhã, talvez...

 Sem vontade de ver o céu ou pisar na rua, permanece deitada e da janela avista a lua. Deitada e despenteada, ingere canecas de café e pensa nas perdas e ganhos da sua vida. Conclui que não é algo que se possa medir, apenas sentir e seguir. Porém, ela resolve procrastinar as decisões e talvez levantar amanhã com mais vontade de viver, mas no momento prefere ficar deitada, despenteada e dormir quando a dor ou a dúvida bater forte no peito...

terça-feira, 10 de março de 2015

Sem Valor

Poderia ser companheiro de alguém
em noites insones ou tardes ociosas.
Porém, foi abandonado
descartado,
ensopado,
no lixão da calçada.
Ali jazia o livro nunca lido,
porque de “graça” foi recebido
e seu valor é perdido
quando não é adquirido

na melhor livraria.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Fatos e Clichês

O tempo passa tão rápido e essa frase soa tão clichê. Porém, isso é realmente um fato, um fato que sempre esquecemos e quando lembramos é tarde demais. Estamos acostumados com a zona de conforto e com a felicidade de termos a presença dos nossos afetos, esquecemos que as pessoas partem e consequentemente nos partem. Sentiremos raiva, dor, amor ao mesmo tempo quando esse momento se concretiza. Depois, as memórias se intensificam com um mix de todos os momentos aumentando a dor e a saudade. Por fim, concluiremos com outro clichê: o tempo é cruel! Mas, realmente, esse é outro fato que esquecemos e quando lembramos é tarde demais e já dói demais.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Solidão é aquela amarga companheira que sempre retorna e te surpreende. Você pensa que ela nunca mais irá voltar, mas ela volta e te derruba novamente.