terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Brinde!

Um brinde a nossa existência tão mesquinha! Nossas vidas são sufocadas pelo tempo acelerado diário e tantas outras vidas se perdem nesse mesmo tempo, porque não temos tempo para sermos "humanos". Não temos tempo para olhar nos olhos, não temos tempo para agir com gentileza, não temos tempo para dar a mão ou um abraço para quem precisa, não temos tempo de  minimizar o sofrimento alheio. Logo, dentro do tempo e com a falta do tempo, perdemos a essência e vivenciamos a desgraça da rotina que massacra nossos ossos e nossas mentes adoecidas. Somos apenas matéria programada que repete comandos e ações que nos digladiam diariamente até chegar a morte do corpo, já que toda a essência da nossa existência já foi assassinada!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sobre morrer e caminhar.

Eu morri, mas esqueci de avisar. Não sei ao certo quando aconteceu, talvez 5, 6 , 8 anos atrás ou mais. Porém, minha consciência me deixou de pé, mas continuou pesando nas minhas costas. Incontáveis falhas somadas com uma sucessão de traumas me fizeram sangrar por dentro até morrer, mas infelizmente ainda caminho, respiro e mantenho uma rotina aparentemente normal. Pessoas, lugares, momentos me enganam diariamente e até acredito que ainda estou viva, mas a dor sempre me lembra como estou e onde vou.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Imãs da Noite

Nossos corpos se atraem como imãs no anoitecer
e nunca conseguimos entender.
Nossas mãos conseguem se encontrar
e no escuro entrelaçar.

Nosso olfato desvenda o odor
e sem mistérios nos reconhecemos.
Nossos dias são mais vazios
quando sabemos que não nos encontraremos
mas sabemos que nossos olhos irão se cruzar.

Nossos olhos, sorrisos
nossos corpos
nossas vidas
entrelaçadas
como imãs da noite
unindo nossas polaridades
nossas vontades
sem pudor
para resumir
nosso amor!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A visita e o chilvary



Gosto de abraço na porta
com aquele sorriso empolgado
e com um olhar encantado
que eu recebo todo dia.


Todos os dias
eu subo a escada
com o coração ritmado e acelerado
esticando as pernas mais do que eu poderia
louca de ansiedade para te ver.


Os dias continuam assim
exceto quando não olha diretamente prá mim
porque enquanto subia a escada
ela movia a espada
mas após a vitória
sorri e diz que me adora.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Ausência

Me diz que sou um cobertor com pé
e me abraça em forma de conchinha
Quando longe estou
reclama que não quer dormir sozinha.

Quando a saudade aperta
digo que nunca está só
embora meu peito dê um nó.

Mas, sem pressa
eu vou, mas sempre volto
o meu lugar é ao seu lado
mesmo que o dia esteja nublado.

O teu sorriso é o meu abrigo
e o acordar é melhor quando estou contigo
mesmo quando adoça demais o café
eu nunca te negarei um cafuné.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Vovis

Gosta quando fico o dia inteiro
Me chama para o café
E oferece pão caseiro
Enquanto me dá um cafuné.


Me chama de minha criança
enquanto sorri
Por pouco não me balança
Até parece que eu não cresci.


As tardes de férias são assim
a vovis perto de mim
e desejo que não chegue ao fim.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Queria ler pensamentos e te proteger de todos os tormentos.

terça-feira, 15 de julho de 2014

De repente 15.

Mais uma madrugada acompanhada de café e um cobertor. Estou ansiosa e inquieta, porque é 15 novamente. Para muitos não significa nada, mas para mim representa um par, uma companhia, uma vida diferente. Sempre irei lembrar aquele dia tão doce e agradeço pela doçura dos dias em diante. É evidente que algumas vezes a doçura deu lugar ao azedume, mas isso nunca impediu o decorrer da caminhada. E mais uma vez caminhamos, crescemos, amamos e compartilhamos cada centímetro de vida, nos fundimos em um só compasso e em um só coração que bate no mesmo ritmo. Não é mais o tempo de "now is not the time", mas o tempo de "não solta da minha mão", porque voaremos juntas. Sempre páfara.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Encolhi.

Encostou os lábios em minha nuca, e encolhi. Encolhi, pois sou pequena diante da imensidão do amor que aquele toque representava. Encolhi, pois sou pequena diante dos caminhos que quero trilhar naquela companhia adorável. Encolhi, pois sinto amor todos os dias e ele cresce, cresce, cresce. Encolhi, pois precisava respirar. Encolhi, respirei fundo, fechei os olhos e encontrei os olhos mais profundos da minha vida, e por fim, mergulhei na sua imensidão.

sábado, 10 de maio de 2014

Essas manhãs que não fazem sentido algum. Encaro a caneca de café para ver se ela mostra alguma resposta, mas ela nunca irá mostrar.Depois tomo um banho morno, como uma tentativa de lavar até minha alma, mas isso também não muda nada. Acabo me perdendo nas reflexões e não são só as manhãs que não fazem sentido, mas sim a vida.

domingo, 27 de abril de 2014

Queria chorar, mas me faltam lágrimas prá transbordar toda a minha sensibilidade

sábado, 26 de abril de 2014

Tenho reservas infinitas de amor. Reservas que duram mais de uma vida, podem me chamar de tudo, só não podem dizer que não tenho amor, porque o amor faz parte do meu compor.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Algumas pessoas sonham com uma história com final feliz, eu sonho com uma história sem fim.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um corpo nu que exibe as curvas mais formidáveis, um olhar concentrado no dedilhar do violão, o som ecoando em um quarto escuro e lá fora a chuva caindo sem cessar. Enquanto isso, a mão explorava a pele marmórea e macia, um sorriso no canto dos lábios encantavam e embalavam aquele coração que insistia em bater no ritmo dos dedilhados do violão. Um sorriso nos olhos e outro nos lábios, e do outro lado as curvas do violão se fundiam com as curvas daquele corpo nu.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Oh amor!

Oh amor, sentimento que fez homens e mulheres experimentarem o delírio ou a dor de não ter o sentimento correspondido. Oh amor, sentimento que está presente em livros de literatura, exibindo a diversidade de estórias ou histórias com finais felizes ou apenas trágicos. Oh amor, sentimento puro que desperta outros não tão puros assim como a raiva, ódio, tristeza, desespero e o ciúmes. Oh amor, sentimento que pode ser tão grandioso, mas ao mesmo tempo tão mesquinho. Oh amor, sentimento que me faz insone, sentimento que acelera o coração, sentimento que congela o abdômen. Oh amor, sentimento que me entontece, embriaga e amadurece.

Oh amor, sentimento que não se esquece.

terça-feira, 25 de março de 2014

O novo é apenas o novo, gera apenas euforia e dura pouco.O novo resume a liquidez da modernidade, é ótimo em determinado momento, mas não serve para a vida toda. As melhores coisas são moldadas, lapidadas com o tempo. Não trocaria um processo por um simples evento, acho que isso resume a relação do velho e do novo: o novo é apenas um evento perto do velho que é todo um processo.

sábado, 22 de março de 2014

Queria entender porque me sinto a pessoa mais idiota do mundo em algumas situações, mas nunca entendi e não vou entender. Pelo menos tenho uma certeza: escrever mais e falar menos.

sábado, 15 de março de 2014

Now is not the time

Um ano atrás e o único pensamento era: Now is not the time. Somos inocentes ao ponto de repetir uma mentira várias vezes, tentando fazer com que ela virasse uma verdade, mas não era. Afinal, o primeiro passo é sempre o de negação, embora o corpo diga o contrário. Madrugadas de conversas sem fim, sorrisos tímidos, gestos tímidos, palavras tímidas, tudo em passo lento, em passo de medo, em passo de dúvida até o momento daqueles dias que os passos lentos avançariam.
O primeiro toque tímido, mas tão especial dando abertura para o que seria o começo de uma história. Um anfiteatro, uma tela, um filme, vários sentimentos, duas pessoas e um beijo foram os ingredientes para essa receita. Um carinho no pescoço desajeitado, sem pensar no motivo daquilo, olhos nos olhos e finalmente o beijo, o toque macio, a pele quente e depois disso uma vida inteira que está sendo compartilhada e construída ao mesmo tempo.

sábado, 8 de março de 2014

Se eu morresse hoje, eu não sentiria falta de mim. Eu também não veria quem sentiria falta de mim, pensaria que tudo é certo com o fim. Lembro daquele poema que dizia: E se eu morresse amanhã? Pois é, acho que seria a mesma coisa, eu não sentiria falta de mim, não veria quem iria sentir falta de mim e pensaria que tudo é certo com o fim.

Enfim, é só mais um daqueles pensamentos de um sábado a noite, quando você fica questionando a sua importância, a sua presença, mas acho que a pergunta mais adequada é: Vai lembrar de mim?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Reflexões de banheiro

As noites continuam quentes como a lava de um vulcão, suor na testa, olheiras fundas e a sensação de cansaço. O despertar só vem com os pingos de água fria caindo sobre o corpo, olhos fechados, mente longe e aquelas reflexões, diálogos, roteiros mentais que só aparecem no banheiro no banho-reflexão. Perdi as contas de todos os diálogos mentais que criei,roteiros, situações, ou apenas aquela ideia brilhante que você precisava dois dias atrás. Pois é, é engraçado a forma que travamos em determinadas situações, mas nos libertamos e recebemos luzes em um banho gelado ou dentro de um transporte coletivo observando o trajeto que sempre fazemos, como se tudo fosse tão simples e a solução surgisse tão rápido. Ora ora, a vida poderia ser tão simples e solucionável quanto uma ideia de banheiro ou uma volta prá casa em um transporte dotado de pluralidade, mas não é e continuemos com nossas complicações diárias e demônios particulares, fervilhando de pensamentos, mas com a boca fechada.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dias de Verão

O quarto está quente, estou insone, cansada e com olheiras mais fundas do que um poço. Nenhum líquido é capaz de hidratar este corpo que seca com as altas temperaturas de um janeiro de verão. Mesmo com tantas lutas diárias entre as temperaturas e meu pobre corpo, fico feliz com a única coisa que é aquecida todos os dias, mas que não é nenhum incomodo: meu coração.



Desenho: Porquinha Pandora por Amanda Morettini