terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Diálogos

Eu me fundi com a cama naquela tarde, pois não aguentava mais o peso de minha tristeza. Ao reparar no meu corpo quase inerte na cama, minha vó pergunta: - O que está doendo em você?
Eu, incapaz de dizer a verdade, apenas respondo com a voz fraca: - Nada, nada, nada!
Porém, a resposta gritava em minha mente: - A vida! É ela que dói em mim.

domingo, 26 de novembro de 2017

Miseráveis.

Não quero, e nunca quis, esbanjar felicidade falsa.  Também não acredito que uma "busca desenfreada por felicidade" me faria um ser humano completo. Acredito que ninguém nasce inteiro e ao longo da vida desenvolvemos nossos vazios, que, aparentemente nunca será preenchido. Talvez, fingimos que estamos preenchidos, que estamos felizes, mas somos miseráveis, completamente miseráveis e a tal "felicidade" poderia ser possível se aceitássemos a nossa miséria, se abraçássemos a nossa enorme miséria!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Devaneios

A dor ainda me rasga o peito, mas mergulho em meus devaneios que arrancam os meus pés da cruel realidade. No fundo, tenho desejos simples, mas o simples é uma árdua tarefa em minha vida, uma tarefa dolorosa.  Porém, sinto arrepios nas palmas das mãos quando me entrego de olhos fechados aos meus devaneios, quase consigo sentir cheiros e toques como se fossem reais, mas eu sempre abro os olhos e dou de cara com a crueza e crueldade me esperando. Talvez, o que ainda me salva disso tudo são esses arrepios nas palmas das mãos que me provam que ainda existo...

domingo, 5 de novembro de 2017

Oceano de dores.

As músicas tristes, os livros empolgantes, os filmes sensíveis e as pessoas maravilhosas, nenhum deles poderá me salvar do meu pior pesadelo: eu mesma. Nenhuma dessas coisas conseguirá me livrar de mim, me salvar das dores que sinto, é como se eu me afundasse mais a cada dia, estou submersa em meu oceano de dores, estou afogando nele e me acostumando com isso, é uma morte lenta e dolorosa. O pior de tudo é que me acostumei com esse oceano, nada faz mais sentido e só aguardo ansiosamente por um ponto final. Não sei e nunca soube qual era o meu lugar no mundo, vivo cansada e triste, não aguento mais o peso dos dias e tudo me afeta, tudo! De um jeito ou de outro, não sairei ilesa, mas de todas as formas sempre serei um peso, um incomodo e a minha existência nunca fez sentido, seria melhor me afogar de uma vez nesse oceano e abraçar um fim justo.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Redução de Danos

Eu não posso impedir as pessoas de irem embora da minha vida.
Mas, eu posso impedir que outras pessoas entrem na minha vida.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Rasgo

Se eu pudesse, eu partiria hoje.

Eu não aguento mais o corpo pesado e cansado.
Eu não aguento mais sentir o peito rasgado e apertado.
Eu não aguento mais chorar.
Eu não aguento mais sentir dor.
E parece que não há saída, as estratégias estão cada vez mais nulas...

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

E aqui estou eu

E aqui estou eu,  lidando com as minhas dores e com as minhas feridas abertas que continuam a sangrar.
E aqui estou eu, refletindo sobre as diferenças entre o gostar e o amar.
E aqui estou eu, vendo tudo que deixei para trás e pensando em tudo aquilo que provavelmente deixarei com o trilhar da minha vida.
E aqui estou eu, acumulando inúmeros sentimentos e buscando compreendê-los.
E aqui estou eu, sem saber quem sou eu, mas sabendo o que eu quero da vida.
E aqui estou eu, sabendo que tudo que eu quero da vida ainda vai me machucar, as minhas dores irão triplicar e as minhas feridas sempre continuaram a sangrar.
Talvez, a única diferença entre o começo disso tudo e o final é que agora eu realmente entendo que a dor é a mais presente, mas isso não significa que ela não me ensine sobre mim e me prepare para o que está por vir...

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Companheira

Eu mostro os dentes para a solidão, finjo sorrisos para que ela acredite e me deixe. Mas, se a solidão me deixar, quem irá ocupar o seu lugar?

domingo, 24 de setembro de 2017

Barulhos

Todas as noites eu me torno mais paranoica, os barulhos me impedem de dormir. Ando pelo casa com as luzes acesas e o vento que bate nas janelas e no telhado me assustam. Os cachorros latem, os motores dos carros se tornam mais audíveis, os passos e vozes aceleram meu coração.
Todas as noites eu me torno mais paranoica, subo na janela para espiar a rua e descobrir se os barulhos que me amedrontam são de fato tão assustadores. Assim, eu passo todas as madrugadas, inquieta, olhos e ouvidos atentos, saltando da cama e dando passos apressados pela casa, é um viver sempre em alerta, mas que me cansa todos os dias.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Desabafo.

Às vezes, eu sento na cama e fico em silêncio com o olhar perdido, a minha cabeça dói um pouco e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto sem motivo aparente. Permaneço sentada e imóvel, deixo as lágrimas escorrerem até eu me sentir mais leve, mas o problema é que eu nunca me sinto mais leve. O nó na garganta continua lá e o aperto no peito também, ambos são tão comuns quanto o meu respirar diário, mas não há nada que eu possa fazer!
Eu me assusto diariamente com a minha falta de expectativa, com a minha falta de vontade em relação a tudo. Eu que sempre busquei coisas inteiras, estou aqui acomodada no vazio, no nada. E que absurdo, porque isso tudo não é nem a metade! Eu não posso aceitar o nada, o vazio e as metades da vida, eu teria que aceitar somente as coisas inteiras, porque de coisas em pedaços, de coisas partidas já basta eu!

domingo, 3 de setembro de 2017

Sumir

A vontade de sumir nunca desapareceu, mas existem períodos que ela deixa de ser tão evidente. A felicidade de alguns momentos esconde essa necessidade de sumir, de desistir, mas ela está sempre ali em algum lugar, atrás de uma frase engraçada, atrás de um sorriso. Eu não me considero uma pessoa forte, mas posso dizer que já aguentei muitas coisas pesadas e dolorosas nessa vida, e talvez, seja justo, seja legítimo sentir essa vontade de sumir, de apagar, de descansar o corpo e a mente. Afinal, o mundo não dá tréguas, o mundo não vai parar de girar para que eu sente e chore minhas mágoas e meus problemas. Eu conheço meus limites e posso gritar: Já deu!
Por que insistir se daqui em diante é só dor?

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Sobre não ter o que dizer

Sobre não ter o que dizer


A mesma sensação de sempre, aquela que toma conta de mim.
Aquela lá que preenche cada poro.
É como se cada poro do meu corpo estivesse entupido de palavras
mas, mesmo assim eu nunca sei o que dizer.
Eu só sei sentir e existe uma lacuna enorme entre o que eu sinto e o que quero dizer.
Eu não consigo expressar nem a metade daquelas palavras que entopem meus poros.
Então, permaneço em silêncio, mas a vida continua e as minhas palavras entupidas nunca farão diferença na vida de ninguém.
Sigo entupindo meus poros com palavras malditas que nunca direi
e morro lentamente em silêncio mais uma vez..

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Passado

Eu ainda flerto com o passado, porque eu não tenho futuro e o presente já escorreu pela minha mão...

terça-feira, 18 de julho de 2017

Poço

Nós não desejamos ver a profundidade do poço, mas sempre nos jogamos dentro dele e de olhos fechados aguardamos ansiosamente o nosso corpo encontrar o fim.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Eu não sou boa em nada do que faço.

Minto.

Na verdade, eu sou boa em uma única coisa:

Eu sou boa em estragar tudo!



segunda-feira, 26 de junho de 2017

Gritando

E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.
E no silêncio, eu estou gritando, porque eu odeio os meus sentimentos.

domingo, 25 de junho de 2017

"E se..."

Eu penso muito, me afogo nos pensamentos e isso sempre me prejudica.  Eu sempre sou sugada por um turbilhão de pensamentos que inibe meu sono, fome e todas as coisas que eu deveria fazer minimamente no cotidiano. Quando me dou conta, estou longe, sendo arrastada pela minha mente sempre perturbada, vivendo uma realidade paralela, pensando em coisas do passado, pensando em coisas que nunca aconteceram, mas ignorando o "agora". 
Eu fico me prendendo no "e se...", fico estagnada, apenas pensando em tudo que não foi e não consigo agir, não consigo por em prática, não consigo dizer o que eu quero mesmo que aquilo esteja a cinco passos de mim. Eu penso demais, e existo de menos...

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Remendos

Sabemos muito bem que quando quebramos alguma coisa, a solução não é remendar/colar, isso pode até juntar os pedaços por um tempo, mas as coisas nunca serão como antes. E um belo dia, o remendo se desfaz e mostra que aquilo que foi quebrado continua quebrado...

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Luz acesa

Os cômodos estão cheios de móveis e objetos sem uso, o silêncio da casa é gritante. Nenhum movimento, nenhum som, todos adormecem. Enquanto isso, o meu vazio se perde no vazio desses cômodos, e eu só não me afogo na solidão, porque sempre mantenho uma luz acesa. É como se aquela luz fosse o meu refúgio, como se ela deixasse a casa menos vazia,  como se ela me deixasse menos solitária. E se um dia eu apagar essa luz, eu me perderei prá sempre no abismo da minha solidão e não saberei voltar....

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Validando a existência

Nenhuma ligação, nenhuma mensagem, nenhum registro escrito ou falado. Não deveríamos clamar tanto por esses contatos, mas a ausência deles nos causa uma tristeza enorme e uma paranoia enorme. Parece que a nossa existência só é válida quando lembram dela através dos contatos virtuais ou não, caso contrário, sentimos que estamos invisíveis, sozinhos e tristes.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Obviedades

É óbvio que sempre estou amando, estamos todos amando.
A outra questão óbvia é: nunca saberemos se também seremos amados.
A minha questão: eu sempre estou amando, me dilacerando, mas me recolho, porque ninguém tem a obrigação de sentir o mesmo....mas quando me abro, quero que me façam de morada e me dilacero bem mais...

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Não há futuro

Eu não consigo me imaginar indo longe demais....
Eu não consigo mais imaginar um "futuro", não consigo mais criar expectativas em torno de dias melhores. Não consigo mais sonhar com saídas da cidade, do Estado ou do país; não consigo mais sonhar com um emprego/profissão; não consigo sonhar com uma morada agradável; não consigo sonhar com as relações.
A rotina matou todos os meus sonhos e minhas vontades, vivo no automático, sou incapaz de imaginar, de planejar, não me permito mais. E ninguém tem culpa disso.
Eu me esforço, juro que me esforço para mudar tudo isso, mas parece que meu único caminho é ficar presa em uma cidade do interior, colecionando sonhos mortos, chorando escondido e desejando que o fim chegue logo...

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Invisível

Por que eu nunca consigo dizer tudo que realmente sinto? E por que quando eu consigo dizer  as coisas ficam piores do que antes?

O único caminho é ser invisível: não falar, não ser visto e ir desaparecendo....

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Sobras

Hoje, eu não quero abrir as janelas e nem acender as luzes.
Hoje, eu não quero pisar na rua e nem olhar para o céu.
Hoje,  nenhum livro e nenhum filme poderiam me distrair.
Hoje, sou incapaz de rir de qualquer piada.
Hoje, eu preciso ficar com as minhas sobras.


terça-feira, 30 de maio de 2017

48 horas

E nem todas as vitaminas C e os calmantes serão o suficiente para manter esse corpo saudável e quieto. Nada é capaz de sanar a dor que sinto, porque ela sempre vem de dentro pra fora, ela sempre tenta acabar comigo e dessa vez ela pode finalizar o serviço.

Eu me rendo...
Maio continua sendo o pior dos meses e eu continuo sendo a mais idiota.















domingo, 28 de maio de 2017

Não é o suficiente.

A cada dia que passa me sinto mais estranha, o corpo pesa de um jeito diferente e a cabeça gira o tempo todo, me sinto zonza, sinto que irei desmaiar a qualquer instante. Meu coração aperta de um jeito doloroso, mas dessa vez ele não dói somente por causas emocionais, parece um pequeno lembrete que me alerta: cuidado, eu não aguento mais!
É um pequeno sinal, me dizendo para relaxar e me cuidar, mas tudo isso parece impossível por mais que eu me esforce. Nada que eu faço é o suficiente e por mais que eu brigue para ser o suficiente, eu nunca serei! E quando o meu corpo reage e fraqueja é justamente por isso, para me lembrar que eu não sou suficiente e que eu deveria jogar a toalha, mas eu nunca jogo....

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Quereres

Quando as coisas parecem estar calmas/serenas, eu já me desespero. Eu me desespero, porque o caos já dominou todas as partes da minha vida e os momentos serenos são o prelúdio perfeito para tempos de caos infernal, não é mesmo? Aparentemente, o meu corpo é o lugar perfeito para implantar todo o caos emocional existente no universo.
Como é possível existir todos esses sentimentos desorganizados dentro de mim?
Eu não faço a menor ideia! Mas, a única certeza é que todos esses quereres que habitam o meu ser continuam me bagunçando diariamente...

terça-feira, 9 de maio de 2017

La douleur exquise

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Distância

Parece que quanto mais desejamos a presença/afeto de alguém, mais distante este alguém fica. É como se a nossa vontade sufocasse o outro,  é como se a cada passo de proximidade equivalesse à dez passos de distanciamento do outro. É  um desencontro doloroso, é o caminho tortuoso para um fim...

sábado, 29 de abril de 2017

Doce Ilusão

E eu continuo jogando o café quente nas feridas abertas. Acreditando que isso amenizaria as dores...

domingo, 23 de abril de 2017

Todo dia, eu choro pelas ausências e me encontro cada vez mais vazia...

quinta-feira, 13 de abril de 2017

E cá estou, resolvendo problemas sem solução. Abrindo fendas em meu peito a cada lamento. Guardar dói e falar também dói, não sei mais o que fazer.

sábado, 8 de abril de 2017

Queria ter coragem para fazer o que é preciso ser feito, mas nunca tive e ainda não tenho.
Só que agora é a única saída...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Defensiva

Eu desisto!
Mas, dessa vez eu desisto mesmo, não faz mais sentido dizer tudo o que sentimos. Afinal, falar nunca mudou nada, pelo contrário, apenas atrapalhou. Posso estar sendo injusta, mas não quero sofrer mais do que já sofro. Prefiro fingir, me esconder e me proteger. Estou voltando para a defensiva, porque ter saído dela quase me matou...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

How Does It Feel?

03:59
E mais uma vez, eu não consigo dormir!
A mesma música tocando, o mesmo sentimento de incompletude voltando e me atormentando.Todos os afetos distantes, ausentes; todas as minhas lágrimas e palavras guardadas no fundo do meu ser, para ninguém mais me destruir.
Finjo que estou endurecida, mas continuo mais mole que o habitual. As feridas cicatrizaram, mas ainda doem e quando cutucam, elas voltam a sangrar. E não sei mais lidar com os meus sentimentos e os sentimentos dos outros.
Eu sigo me isolando dentro de mim...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Você endurece e esfria em algum lugar do mundo, eu continuo queimando e pensando em tudo aquilo que nunca terá lugar.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Terceiro dia do ano e já quero morrer...
e as lágrimas insistem  em  percorrer toda a minha face.