quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Exposição.

Eu não tenho nada para oferecer além da minha própria bagunça. Bagunça que não faço mais questão de esconder embaixo do tapete para que alguém possa supostamente me amarEu me desnudo noite e dia, de corpo, alma e mente. E através do meu desnudar, eu me exponho vulnerável, sensível, sujeita à trincas e quebras, e como um vinil velho me exponho cheia de riscos. Me exponho com um corpo marcado e um coração remendado, dolorido e sangrento. 
Eu não tenho nada para oferecer além da minha própria disposição em amar algo que supostamente irá contribuir para que eu me exponha mais, para que eu me bagunce mais e para que eu sinta mais dor do que já sinto. 
Eu não tenho nada para oferecer além do meu eu-inteiro entregue para algo que irá me queimar e me destruir mais um pouco...


Mas, aceito a condição.

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