quarta-feira, 20 de maio de 2015
Diário do Abandono
Mais chá, mais preguiça, mais cabelo despenteado, mas dessa vez ela pisou na rua, encarou a lua, respirou fundo e encarou outras pessoas. Calçou sapato, um suéter, uma calça skinny, andou mecanicamente até seu destino, mas voltou ao seu lar e mergulhou em si mesma. Mergulhou em sua cama, afundou a cabeça no travesseiro, pensou sobre o futuro e escolheu a trilha sonora mais melancólica para acompanhar sua trajetória tragicômica. As guitarras melosas embalam a noite, enquanto as linhas de baixo e som da bateria seguem o ritmo do seu coração cada vez mais acelerado, cada vez mais afobado. A idéia do abandono permeia, mas quem te abandonou? Ela não sabe a resposta, mas é assim que se sente, talvez ela mesma tenha abandonado teu eu-interior na busca se si....
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Amanhã, talvez...
Sem vontade de ver o céu ou pisar na rua, permanece deitada e da janela avista a lua. Deitada e despenteada, ingere canecas de café e pensa nas perdas e ganhos da sua vida. Conclui que não é algo que se possa medir, apenas sentir e seguir. Porém, ela resolve procrastinar as decisões e talvez levantar amanhã com mais vontade de viver, mas no momento prefere ficar deitada, despenteada e dormir quando a dor ou a dúvida bater forte no peito...
terça-feira, 10 de março de 2015
Sem Valor
Poderia ser companheiro de alguém
em noites insones ou tardes ociosas.
Porém, foi abandonado
descartado,
ensopado,
no lixão da calçada.
Ali jazia o livro nunca lido,
porque de “graça” foi recebido
e seu valor é perdido
quando não é adquirido
na melhor livraria.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Fatos e Clichês
O tempo passa tão rápido e essa frase soa tão clichê. Porém, isso é realmente um fato, um fato que sempre esquecemos e quando lembramos é tarde demais. Estamos acostumados com a zona de conforto e com a felicidade de termos a presença dos nossos afetos, esquecemos que as pessoas partem e consequentemente nos partem. Sentiremos raiva, dor, amor ao mesmo tempo quando esse momento se concretiza. Depois, as memórias se intensificam com um mix de todos os momentos aumentando a dor e a saudade. Por fim, concluiremos com outro clichê: o tempo é cruel! Mas, realmente, esse é outro fato que esquecemos e quando lembramos é tarde demais e já dói demais.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Brinde!
Um brinde a nossa existência tão mesquinha! Nossas vidas são sufocadas pelo tempo acelerado diário e tantas outras vidas se perdem nesse mesmo tempo, porque não temos tempo para sermos "humanos". Não temos tempo para olhar nos olhos, não temos tempo para agir com gentileza, não temos tempo para dar a mão ou um abraço para quem precisa, não temos tempo de minimizar o sofrimento alheio. Logo, dentro do tempo e com a falta do tempo, perdemos a essência e vivenciamos a desgraça da rotina que massacra nossos ossos e nossas mentes adoecidas. Somos apenas matéria programada que repete comandos e ações que nos digladiam diariamente até chegar a morte do corpo, já que toda a essência da nossa existência já foi assassinada!
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Sobre morrer e caminhar.
Eu morri, mas esqueci de avisar. Não sei ao certo quando aconteceu, talvez 5, 6 , 8 anos atrás ou mais. Porém, minha consciência me deixou de pé, mas continuou pesando nas minhas costas. Incontáveis falhas somadas com uma sucessão de traumas me fizeram sangrar por dentro até morrer, mas infelizmente ainda caminho, respiro e mantenho uma rotina aparentemente normal. Pessoas, lugares, momentos me enganam diariamente e até acredito que ainda estou viva, mas a dor sempre me lembra como estou e onde vou.
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