quinta-feira, 26 de maio de 2016

Os surtos de maio.

    Tenho problemas com o mês de maio. Bom, eu sempre costumo dizer que tenho problemas com o mês de maio, mas é mais correto dizer que tenho problemas NO mês de maio. Ou seja, quando determinados meses são marcados por uma sucessão de problemas graves, ficamos um pouco amedrontados com a ideia de retorno desse mês.
     Bom, indo direto ao assunto, o mês de maio atendeu às minhas péssimas expectativas, resultou em duas brigas fortes familiares, muito choro, muita dor no estômago e claro, aquelas maravilhosas crises de ansiedade que quase sempre me matam do coração. Mas, sou ingênua em pensar que o mês está no fim e que só tenho mais cinco dias neste mês-fodido e que no próximo a vida melhora.
      Enfim, em breve, os surtos de maio serão surtos de junho, as crises de maio serão crises de junho, e eu aqui tentando pensar racionalmente em tudo isso e tentando criar disposição para levantar da cama no dia seguinte e por em prática o que faz sentido. O pior: é que nada faz sentido...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

É tanto sentimento que não cabe em mim, mas eu não posso transbordar...

terça-feira, 17 de maio de 2016

As Bolas de Ferro

Quando me sinto deprimida, parece que tenho duas bolas de ferro presas nos meus calcanhares, e elas só me puxam para baixo. Me sinto cansada, porque preciso fazer esses esforços corporais cotidianos para lidar com as bolas de ferro, mas nem sempre o corpo aguenta e o sentimento de inexistência, sentimento de fardo toma conta do meu ser.
Quando me sinto deprimida, entendo que corpo e mente estão conectados e preciso forçá-los a se mexerem, se exercitarem para que as bolas de ferro não me puxem mais para baixo...

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Caindo no próprio vazio.

"Estou sozinha com minha dor de cabeça e minhas boas intenções" é aquele trecho de música de anos atrás, mas que ainda é auto-explicativo na sua vida. A única diferença é que parece doer mais agora, parece que o vazio aumenta a cada dia, a cada hora, a cada semana, a cada mês, a cada ano.E eu continuo vivendo prá dentro, caindo no meu próprio vazio, caindo no meu próprio abismo que habita o meu ser.

sábado, 23 de abril de 2016

Navalhas

Lá fora, o céu azul e o sol radiante. Aqui dentro, meu desânimo me consumindo, esvaindo todas as minhas forças. Não sinto fome, nem vontade de fazer nada. Só quero deitar e dormir por horas e horas, até as forças voltarem, até eu me sentir pronta para encarar o mundo. Mas, isso não acontece, eu vago de cômodo em cômodo buscando sentido em tudo que eu faço, sentindo aquele aperto no peito e segurando as lágrimas presas em mim. A vida é uma navalha que me corta aos poucos e eu caminho cambaleante, sangrando até não existir mais...

sábado, 2 de abril de 2016

Doses homeopáticas da sua presença e um banquete de comprimidos para curar este corpo em crescente derrota.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

8 meses depois...

   8 meses se passaram, 8 meses lentos e dolorosos. Neste tempo, mais alguém partiu e me partiu, vi aquela cena fúnebre e dolorosa novamente, a ânsia voltou, a ansiedade voltou e as lágrimas escorriam pela minha face. Não queria acreditar, continuei chorando por horas, semanas, meses e agora sangro por dentro com a ferida não cicatrizada.
   Parece que a vida desmoronou, tudo que eu temia aconteceu: as pessoas morrendo, as pessoas partindo, as feridas se abrindo e todo meu amor próprio indo junto, escorrendo pelo ralo com minhas lágrimas e minhas dores. Agora, pareço aquele eterno clichê cheio dos dramas, das perdas, das leituras suicidas, das músicas tristes, dos roteiros parecidos com meu cotidiano quase insalubre, das quedas capilares, dos hematomas, das unhas roídas, dos livros dilacerantes, do choro travado, das doses cavalares de cafeína, dos socos na porta, das crises de ansiedade e todas as vezes que quis morrer.
  8 meses se passaram e parece que tudo isso é clichê, mas não é. A dor é real, a dor é física e ela está aqui agindo sobre o meu corpo durante esses 8 meses, corroendo o meu corpo como se fosse ácido. E eu aguento calada, porque ninguém vai ouvir, ninguém vai ajudar, afinal sentir dor é inaceitável, bem como falar de todas as aflições que ela causa. Dizer tudo que eu disse se resume em clichê, mas esses clichês continuam me matando lentamente por 8 meses...