sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Rasgos Desenfreados
Ela sofria por amar demais, sofria por não receber o amor que merecia. Estava aos prantos pedindo ajuda, mergulhada nas suas próprias emoções. Ela amava tanto que quem a via também sofria, mas a nossa ajuda não surtia efeito quando tudo desmoronava. Só sentíamos passividade, enquanto ela sentia dor e amor, uma combinação fatal que devastava sua cabeça e seu peito. Os sentimentos lhe rasgavam ao meio e nossos abraços ainda não podem cicatrizar as marcas recentes dos rasgos desenfreados de quem sucumbiu ao amor em sua forma mais profunda.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Fresta da Janela
A luz do sol invade o meu quarto pela fresta da janela, desvio meus olhos e contemplo minha existência com um copo de café. Penso nos meus sentimentos e lembro daquela imagem estonteante que gruda em meus olhos, me entorpeço, fecho os olhos e me permito mergulhar nas fantasias e armadilhas do meu próprio cérebro. Naquele instante, parece que tudo que estava distante está tão perto do meu corpo, mas respiro fundo e interrompo minhas fantasias, porque não quero me perder nelas e nunca mais voltar.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Casa bagunçada
A casa estava bagunçada, mas arrumei e te convidei para entrar. Pintei as paredes e mudei os móveis de lugar. Escondi as marcas do passado com a tinta fresca, acreditando que iria ficar. Mas, você só passa, toma um café e bagunça mais o lugar. Não posso barrar sua entrada, mas você também não quer fazer com que ali seja sua morada. A casa permanece bagunçada, mas pintar as paredes não escondem mais as marcas tão doloridas da sua passagem tão breve.
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Sem nome
Escreveu e tocou uma música que já esqueceu. Leu sobre cinema embaixo do cobertor, mas pausou tudo para pensar em amor. Queria saber o que poderia diferenciar amor e dependência afetiva, mas não soube responder. Sentiu dores, quis chorar e apenas deitou torcendo para tudo passar.
domingo, 7 de agosto de 2016
O corpo que se destacava
Em teu corpo nada se destacava, talvez as olheiras cada vez mais fundas e marcadas. Mas, não era um destaque realmente positivo, muito pelo contrário. As olheiras fundas, a palidez e o olhar perdido eram a composição perfeita para destacar a derrota. A única surpresa da noite eram as dores renais, já que o coração pulando para fora do peito por conta da ansiedade tornou-se rotina.
Em teu corpo nada se destacava, exceto a fraqueza. O corpo se rendia às dores, às frustrações, não pedia água e nem comida, mas fraquejava dia-a-dia. Um gole de café para curar um oceano de solidão e um oceano de café para lidar com toda a frustração.
O corpo até se destacava, mas para evidenciar que cansou da batalha....
Em teu corpo nada se destacava, exceto a fraqueza. O corpo se rendia às dores, às frustrações, não pedia água e nem comida, mas fraquejava dia-a-dia. Um gole de café para curar um oceano de solidão e um oceano de café para lidar com toda a frustração.
O corpo até se destacava, mas para evidenciar que cansou da batalha....
terça-feira, 19 de julho de 2016
Demorei para me recuperar e quando me sinto feliz, vem aquela maldita frase de sempre, vem aquela maldita insensibilidade dos outros. Por que as pessoas são tão cruéis? Não sabem refletir sobre o que dizem e nem escolher suas palavras, pedem por empatia, mas não praticam, pedem por amor, mas só agem através do ódio.
Eu cansei das pessoas.
Eu cansei das pessoas.
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